quarta-feira, setembro 21, 2011

Anedotas à tuga

Vi hoje este excerto de notícia do Diário Económico e achei brutal. Tinha que partilhar convosco.

"Os portugueses conseguem sempre, e em cima do acontecimento, criar uma piada tão oportuna quanto inocente e inofensiva a propósito de cada anedota nacional.

Um ilustre magistrado, que faz o favor de ser meu amigo, enviou-me esta: uma senhora foi para a maternidade para ter dois gémeos, um rapaz e uma rapariga. Em homenagem à sua terra, deu à menina o nome de Madeira e, ao rapaz, Jardim. O governante regional, ao saber da notícia, foi visitar a mãe e os bebés. Ao chegar a senhora estava a dar peito ao menino e o político tentou agradecer pela linda ideia dos nomes. A senhora interrompeu-o e disse-lhe baixinho: “chiiiiuuuu!!! Se a Madeira acorda, o Jardim deixa de mamar…”.

Anedotas à parte, uma coisa é certa: o Carnaval de 2012 na Madeira vai seguramente ser mais comedido. Mas não deixará de haver Carnaval. Tão certo como dizer que não deixará de haver jardins nem flores. É que as coisas nunca são tão graves quanto parecem e a brandura dos costumes lusitanos foi transposta para o travejamento jurídico do País. Aliás, está para saber de onde vem este espanto nacional que subitamente assolou o País quando, vai para 20 anos, o então presidente do Tribunal de Contas, Sousa Franco, abordava já a situação financeira na região considerando-a “insustentável”. E a denúncia o que deu? Deu que António Sousa Franco entrou para a galeria onde já estavam, ou vieram a estar, o “cabeça do polvo”, o “sr. Silva” e mais umas quantas figuras de uma BD portuguesa.
Para além do mais, em matéria de endividamento o que interessa é encontrar quem pague as dívidas o que, em Portugal, está encontrado por natureza: os portugueses em geral, incluindo os madeirenses comuns, apertam mais uns furos ao cinto, contra a certeza de que o anedotário não terá fim."

Sem comentários: